quarta-feira, 30 de setembro de 2009

XI OLIPET - GIII

O Grupo III da “XI Olipet - Jogando pela Paz” - para adolescentes de 13 a 15 anos - é o que mais se aproxima do esporte formal a que temos mais acesso através da mídia e, também, dos modelos de competição para equipes de base.


Mas nossos torneios não foram uma reprodução desse modelo tradicional. As tabelas, os sistemas de pontuação, os instrumentos de mediação foram diferenciais para estimular/valorizar tanto o desejo de ganhar como a forma como cada equipe jogou em busca desse ganhar. Ou seja, é possível ganhar “Jogando pela Paz”?

Essa pergunta surgiu em muitas conversas com os educadores das instituições participantes e nas rodas de avaliação com os educandos. Outras questões surgiram a partir desse ponto de partida: para ganhar é necessário intimidar e desrespeitar o adversário? Qual o papel do técnico ou educador em uma equipe? Se é para jogar sério e ganhar assumimos um papel de técnico e quando é apenas para educar ou participar somos educadores? Há realmente diferença entre tudo isso se pensamos no “Esporte para o Desenvolvimento Humano”?

Podemos utilizar como desculpa que “lá fora não é bem assim”, que “em torneios sérios a cobrança pelo resultado existe, mesmo nas categorias de base”. Mas quem é que faz e deixa que a situação seja assim? Isso surgiu do nada ou reflete a sociedade em que vivemos? E qual é a sociedade que queremos, qual é o esporte que queremos?

Acreditamos que durante a Olipet pudemos experimentar alternativas interessantes que valorizaram o desempenho esportivo e a maneira de jogar e de participar de todas as equipes. O estímulo para que os educandos lidassem com os conflitos que iam surgindo, buscassem sempre uma forma de melhorar de jogo para jogo e, encontrassem alternativas para aproveitar os potenciais e limitações individuais e coletivas ficaram evidentes na postura de várias equipes.

Os instrumentos “O que só vocês viram...” (preenchido após cada jogo) e “Avaliação da equipe e das outras equipes” (preenchido após o final do torneio) mostraram que a garotada tem muito a nos dizer. As rodas de avaliação permitiram que o resultado dos torneios fossem influenciados pelo olhar dos jogadores participantes, dos árbitros e dos mediadores que participaram do curso “Mediação em Educação pelo Esporte”.

Se você ficou curioso, dê uma olhada nas fotos ao lado e nos escreva solicitando mais informações...

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